Cuidar dos pneus da frota é um dos principais desafios para quem gerencia veículos. Dessa forma, o TWI do pneu — sigla para Tread Wear Indicator, ou Índice de Desgaste da Banda de Rodagem — surge como um aliado estratégico na prevenção de riscos e no aumento da durabilidade dos pneus.
Esse indicador, presente no próprio pneu desde a fabricação, ajuda a monitorar o desgaste da banda de rodagem, sem custo adicional. A grande vantagem é que quando utilizado corretamente, ele pode aumentar significativamente a vida útil dos pneus e contribuir para mais segurança nas estradas.
Ao dominar esse conceito e aplicá-lo na prática, é possível evitar desgastes profundos, reduzir paradas inesperadas e até triplicar a vida útil dos pneus da frota — gerando economia real e mais segurança nas operações.
Neste conteúdo, você vai entender com clareza:
- O que é o TWI do pneu?
- Qual é o papel do TWI na gestão de pneus?
- Como medir e acompanhar o TWI do pneu?
- Qual o limite do TWI do pneu?
- Quais são os riscos de rodar com o TWI irregular?
- 5 dicas para evitar o desgaste de pneus
- Como triplicar a vida útil dos pneus da frota?
Continue a leitura e descubra como usar o TWI do pneu para garantir mais durabilidade, segurança e eficiência na sua frota.
O que é o TWI do pneu?
O TWI (Tread Wear Indicator) é o indicador de desgaste da banda de rodagem. Ele aparece como uma pequena elevação entre os sulcos do pneu e serve para mostrar quando a borracha atinge o limite mínimo legal de profundidade: 1,6 mm, conforme determina a Resolução CONTRAN nº 913, de 28 de março de 2022.
Encontrá-lo no pneu é muito fácil: basta procurar por um pequeno relevo de borracha entre os sulcos. Essa marcação se torna visível conforme o pneu vai perdendo a espessura da banda de rodagem.
O TWI é tão prático que se tornou um padrão universal em todos os pneus. Com ele, você pode monitorar o estado dos pneus de forma simples e identificar o momento exato para trocá-los, garantindo mais segurança e eficiência no uso da frota.
Qual é o papel do TWI na gestão de pneus?
Esse indicador é essencial porque, muitas vezes, o desgaste do pneu não é perceptível a olho nu. O TWI facilita a monitorização contínua, permitindo identificar desgastes e problemas que, se não forem corrigidos a tempo, podem levar a falhas mais graves no pneu ou até mesmo em outras partes do veículo.
Além disso, o TWI ajuda a planejar a manutenção preventiva, o que reduz custos com reparos emergenciais e melhora a eficiência da frota. Ao garantir que os pneus sejam trocados no momento ideal, você aumenta a segurança nas estradas e otimiza a vida útil dos pneus, maximizando o retorno sobre o investimento.
Por fim, o TWI também auxilia no controle de custos, pois permite que você evite o desgaste prematuro e a troca de pneus antes do tempo, aproveitando ao máximo o ciclo de vida dos pneus sem comprometer a segurança e o desempenho do veículo.
Como medir e acompanhar o TWI do pneu?
Medir e acompanhar o TWI do pneu é um processo simples, mas que exige atenção regular para garantir a durabilidade e segurança dos pneus.
Uma das opções mais eficazes é com um Aferidor Eletrônico. Este equipamento permite medir o desgaste de forma rápida e precisa, identificando com exatidão o ponto onde o pneu atingiu o limite de 1,6 mm. A medição pode ser feita diretamente nas áreas do pneu onde o TWI está localizado, garantindo que o processo seja rápido e sem erros.
Além disso, para quem busca um controle ainda mais avançado, o Sistema de Gestão de Pneus da Prolog oferece uma solução completa. O sistema integrado permite monitorar não apenas o TWI, mas também diversos outros aspectos dos pneus, como a pressão.
Com o sistema, você pode acompanhar o desgaste dos pneus em tempo real, gerando relatórios e alertas para garantir que as substituições sejam feitas no momento certo, evitando falhas e otimização de custos.
Com essas ferramentas, a gestão dos pneus se torna mais precisa e eficiente, ajudando a maximizar a vida útil de cada pneu e a melhorar a performance e a segurança de toda a frota.
Qual o limite do TWI do pneu?
A medida do TWI é de 1,6 mm de profundidade no sulco de cada pneu, sendo este o mínimo desgaste que o sulco do pneu pode atingir. Quando essa marca é atingida e ultrapassada, significa que o desgaste da banda de rodagem está excessivo, caracterizando o ativo como um “pneu careca”.
Abaixo desse valor, a capacidade de aderência do pneu diminui significativamente, o que pode aumentar o risco de acidentes, principalmente em condições adversas, como chuva, quando a capacidade de drenagem da água é comprometida.
Além disso, rodar com pneus abaixo do limite de 1,6 mm pode resultar em maior desgaste de outros componentes do veículo e até gerar multas de órgãos de fiscalização, pois esse é o limite estipulado por diversas regulamentações de trânsito. Em muitos casos, a falta de atenção ao TWI pode levar a paradas inesperadas e custos adicionais com reparos ou trocas de pneus não programadas.
Portanto, monitorar o TWI de forma constante é uma prática essencial para garantir que os pneus da frota não ultrapassem esse limite, prevenindo riscos e garantindo maior segurança e desempenho na estrada.
Quais são os riscos de rodar com o TWI irregular?
Rodar com o TWI (Índice de Desgaste da Banda de Rodagem) irregular pode trazer uma série de riscos, tanto para a segurança quanto para a eficiência das operações da frota.
Quando o desgaste dos pneus ultrapassa o limite recomendado de 1,6 mm, os problemas começam a se agravar, afetando não apenas os pneus, mas também o desempenho geral do veículo.
A seguir, os principais riscos:
1. Redução da aderência e maior risco de aquaplanagem
Um dos principais problemas de rodar com o TWI irregular é a perda de aderência do pneu ao asfalto. Com o desgaste excessivo, o pneu perde a capacidade de drenar água adequadamente, o que aumenta o risco de aquaplanagem, especialmente em condições de chuva. Isso pode levar a uma perda repentina de controle do veículo, colocando a segurança do motorista em risco.
2. Maior distância de frenagem
A profundidade do sulco do pneu tem um impacto direto na distância de frenagem. Pneus com TWI irregular têm uma capacidade reduzida de gerar tração, o que resulta em distâncias de frenagem mais longas. Em situações de emergência, isso pode ser fatal, pois o tempo extra necessário para parar o veículo pode fazer a diferença entre evitar um acidente ou causar um.
3. Desgaste irregular de outros componentes do veículo
Quando o pneu está excessivamente desgastado, ele afeta outros sistemas do veículo, como a suspensão e o sistema de direção. Pneus carecas ou com TWI irregular não absorvem adequadamente os impactos da estrada, sobrecarregando outros componentes do veículo e causando desgaste prematuro. Isso pode gerar custos elevados com manutenção e reparos não planejados, além de reduzir a vida útil do veículo como um todo.
4. Maior consumo de combustível
Pneus desgastados e com TWI irregular aumentam a resistência ao rolamento, o que exige mais força do motor para manter o veículo em movimento. Isso leva a um consumo maior de combustível e, consequentemente, ao aumento dos custos operacionais da frota. Pneus em boas condições são mais eficientes e ajudam a reduzir o consumo de combustível, contribuindo para a sustentabilidade da operação.
5. Multas e infrações legais
Além dos riscos mecânicos e operacionais, rodar com pneus abaixo do limite de 1,6 mm de profundidade também pode resultar em multas e infrações. No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que pneus carecas ou com desgaste excessivo são uma infração passível de penalidades, o que pode acarretar custos adicionais para a empresa, além de afetar a reputação da frota.
6. Aumento de falhas inesperadas e paradas não programadas
Com o TWI irregular, o risco de falhas inesperadas aumenta consideravelmente. Pneus que estão no limite ou abaixo do limite de desgaste podem sofrer rupturas, estourar ou até apresentar desgaste desigual, levando a paradas não programadas e custos de substituição de pneus antes do previsto.
7. Diminuição do conforto e segurança para os motoristas
Além dos riscos mecânicos e operacionais, pneus com desgastes irregulares comprometem o conforto e a segurança dos motoristas. Pneus carecas oferecem uma condução mais instável, com mais vibração e menor capacidade de absorção de impactos. Isso torna a experiência de direção mais desconfortável e aumenta a fadiga do motorista, o que pode prejudicar ainda mais a segurança durante longas viagens.
5 dicas para evitar o desgaste de pneus
Evitar o desgaste prematuro dos pneus é essencial para aumentar sua vida útil e garantir a segurança e eficiência da frota. Com boas práticas de manutenção e condução, é possível preservar a banda de rodagem por muito mais tempo e evitar custos com trocas frequentes.
A seguir, confira 5 dicas práticas para minimizar o desgaste dos pneus da sua frota:
1. Faça o rodízio dos pneus regularmente
O desgaste dos pneus pode variar de acordo com a posição em que estão montados no veículo. Pneus dianteiros, por exemplo, costumam desgastar mais rapidamente por causa do peso do motor e das manobras de direção. Por isso, fazer o rodízio regular, conforme recomendação do fabricante ou rotina da frota, ajuda a distribuir o desgaste de forma mais uniforme, prolongando a vida útil dos pneus.
2. Mantenha a calibragem sempre em dia
Rodar com pneus descalibrados é um dos principais fatores de desgaste prematuro. Pneus com pressão abaixo do ideal aumentam o atrito com o solo, gerando desgaste acelerado e maior consumo de combustível. Já a pressão acima do indicado reduz a área de contato com o solo, comprometendo a aderência e causando desgaste centralizado. O ideal é calibrar os pneus semanalmente ou conforme a frequência de uso da frota, sempre seguindo as especificações do fabricante.
3. Faça o alinhamento e balanceamento dos pneus periodicamente
O desalinhamento da direção e o desbalanceamento das rodas causam desgaste prematuro dos pneus. Além disso, esses problemas comprometem a estabilidade do veículo e aumentam o risco de sinistros. Realize alinhamento e balanceamento sempre que perceber vibrações, puxões no volante ou após impactos fortes, como buracos ou batidas.
4. Evite excesso de carga
Exceder a capacidade de cargas do veículo força a estrutura dos pneus e acelera o desgaste da banda de rodagem. O excesso de peso também compromete a suspensão, os freios e outros componentes importantes do veículo. Respeitar os limites de carga definidos pelo fabricante é uma regra básica para manter os pneus (e o veículo como um todo) em boas condições por mais tempo.
5. Adote um estilo de condução mais suave
A forma como o motorista conduz o veículo tem grande impacto na durabilidade dos pneus. Arrancadas bruscas, freadas intensas e curvas feitas em alta velocidade aumentam o atrito e o desgaste da borracha. Investir na capacitação dos motoristas e incentivar práticas de direção defensiva ajuda a reduzir o desgaste dos pneus, além de contribuir para uma condução mais segura e econômica.
Como triplicar a vida útil dos pneus da frota?
Triplicar a vida útil dos pneus da frota é totalmente viável quando se adota uma gestão preventiva e orientada por dados. Tudo começa com o monitoramento contínuo do TWI, que permite identificar o desgaste ainda em estágio inicial e agir antes que ele comprometa a segurança ou gere prejuízos.
Manter a pressão dos pneus sempre dentro dos padrões recomendados, realizar alinhamento, balanceamento e rodízio regularmente são práticas essenciais para distribuir o desgaste de forma uniforme e preservar a estrutura dos pneus por muito mais tempo.
Além disso, motoristas treinados e conscientes, que adotam uma condução defensiva e evitam manobras bruscas, contribuem diretamente para aumentar a durabilidade dos pneus e reduzir a necessidade de trocas antecipadas.
O uso de um sistema de gestão de pneus também potencializa os resultados, permitindo acompanhar o desempenho individual de cada pneu, emitir alertas automáticos e planejar manutenções com mais precisão.
Para fechar o ciclo de forma eficiente, controlar o histórico completo de cada pneu — com registros de quilometragem, manutenções, trocas e medições do TWI — é indispensável para entender o comportamento de desgaste e tomar decisões mais estratégicas.
Com esse conjunto de boas práticas implementado de forma consistente, é totalmente possível triplicar a vida útil dos pneus, reduzindo custos operacionais, aumentando a segurança da frota e otimizando o desempenho dos veículos.
Para colocar tudo isso em prática com mais eficiência, baixe gratuitamente a Planilha de Controle de Pneus. Ela vai ajudar você a monitorar o TWI, registrar manutenções e organizar a gestão dos pneus da sua frota de forma simples, inteligente e profissional.